Recentemente, as discussões sobre a esclerose múltipla ganharam pauta de destaque no jornalismo brasileiro depois que a atriz Guta Stresser revelou ter recebido o diagnóstico da doença, que atinge cerca de 2,8 milhões de pessoas no mundo inteiro, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde.
A esclerose múltipla é uma doença crônica e autoimune, em que as células de defesa do organismo atacam o sistema nervoso central e provoca lesões cerebrais e na medula. Os fatores causadores da doença ainda são desconhecidos, mas o que se sabe hoje é que atinge principalmente mulheres entre 20 e 40 anos.
Entre os sintomas mais comuns, a esclerose causa fadiga, alterações fonoaudiológicas, transtornos visuais, problemas de equilíbrio e coordenação, transtornos cognitivos, emocionais e problemas de sexualidade.
Trouxemos aqui algumas curiosidades sobre a esclerose múltipla para você conferir:
Expectativa de vida: segundo a associação Amigos Múltiplos da Esclerose (AME), “Uma estatística frequentemente relacionada à Esclerose Múltipla é que aqueles com a doença têm uma expectativa de vida média de seis a sete anos menor do que a da população em geral. Esse número provavelmente se baseia em pesquisas que comparam a expectativa de vida média de pessoas com e EM com a de pessoas que não têm a doença”. Mas para entender esse dado também é preciso considerar a gravidade da doença.
Cientistas acreditam ter descoberto a causa da doença: em abril de 2022, o professor Gavin Giovannoni, da Universidade Queen Mary de Londres, contou à BBC que alguns estudos realizados mostraram que existem fortes indícios de que o vírus Epstein-Barr (EBV) seja o responsável por causar o ataque das células ao sistema nervoso, o que provoca a esclerose múltipla. Por ser um vírus muito comum, fica difícil provar definitivamente que ele cause a doença, mas dados publicados na revista Science dão conta de uma pesquisa que conseguiu traçar o curso da doença e chegaram a conclusão de que “indivíduos que não foram infectados com o vírus Epstein-Barr praticamente nunca desenvolvem a esclerose múltipla”, afirmou Alberto Ascherio, pesquisador da Universidade de Havard.
Risco aumentado para pessoas com casos de doença autoimune na família: o risco para desenvolvimento da esclerose múltipla é maior quando existem casos de pessoas com doenças autoimunes na família, ainda que a doença não seja EM. “A bagagem genética que veio do pai e da mãe não determina que você terá a doença. Na verdade, há mais de 200 genes associados à esclerose múltipla, uns aumentando e outros diminuindo o seu risco. O conjunto deles é que forma uma tendência maior ou menor de o problema se desenvolver”, explica o neurologista Guilherme Olival, que é diretor médico da ABEM (Associação Brasileira de Esclerose Múltipla).
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