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CIRURGIA PARA CÂNCER DE PRÓSTATA: QUANDO É RECOMENDADO FAZER?

Dois aspectos são considerados pelos urologistas na definição do tratamento do câncer de próstata: a perspectiva de vida do paciente e a extensão da doença. Quando o homem apresenta um bom estado geral de saúde, apesar da neoplasia, e o tumor está localizado inteiramente dentro da próstata, a alternativa de tratamento é a cirurgia para remoção completa da glândula, vesículas seminais, gânglios linfáticos ilíacos e pequena porção da bexiga em contato com a próstata (prostatectomia radical).

A cirurgia para câncer de próstata

A abordagem cirúrgica para retirada da próstata pode ser feita por meio de três técnicas:

  • Retropúbica: consiste em uma única incisão feita no abdômen do paciente, abaixo do umbigo;
  • Perineal: o corte é feito na região do períneo, atrás do escroto;
  • Laparoscopia: em que pequenas incisões na parte inferior do abdômen permitem a remoção.

Por qualquer uma delas a retirada da glândula e, consequentemente, do tumor, é realizada com segurança quando a equipe cirúrgica domina o procedimento. Todas possuem vantagens e desvantagens, por isso, cabe ao médico e ao paciente discutir os benefícios e contraindicações de cada uma delas de acordo com o caso.

Chances de cura

Os portadores de câncer de próstata para os quais a cirurgia é indicada têm boas chances de se curar da doença. Segundo o livro Próstata: Isso é com você, de 91% a 100% dos pacientes que receberam o diagnóstico do câncer no estágio um da doença foram curados no período de cinco anos. O índice cai para 71% a 86% para homens cujo diagnóstico foi realizado no estágio dois e para 60% quando o câncer é descoberto no estágio três.

Os tumores identificados como estágio um são aqueles localizados dentro da próstata e difíceis de serem detectados pelo toque retal, mas não pelo exame de PSA (Antígeno prostático específico). O câncer percebido pelo toque, que está circunscrito à glândula, são os classificados como estágio dois. O estágio três é quando o tumor ultrapassa o envoltório da próstata.

Efeitos colaterais da cirurgia

A prostatectomia radical é um tratamento com alta expectativa de cura, mas que pode provocar impotência sexual e incontinência urinária. A impotência ocorre com maior frequência em pacientes com mais de 70 anos, em 50% dos homens na faixa dos 55 e 65 anos e em 15% dos casos diagnosticados abaixo dos 55 anos.

A incontinência urinária ocorre com frequência muito menor. Quando a cirurgia é realizada por equipes cirúrgicas com grande experiência e com grande volume de prostatectomias radicais por ano, a chance de incontinência urinária não deve ultrapassar 5% dos pacientes operados.

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